quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Caneca alerta para os problemas do mundo


Chegou em casa cansado, cheio de problemas, e tudo o que quer é esquecer o mundo e tomar um chá?

Não vai ser possível se você optar por uma das Global Warming Mugs – as canecas do aquecimento.


Em contato com o calor, o mapa mundi desenhado do lado de fora começa a se alterar e mostra a elevação do nível do mar “comendo” as bordas de continentes ou a emissão de CO2 de cada país – em minutos, você vê os efeitos da poluição, literalmente, na palma da sua mão.

Com 9,5 cm de diâmetro, a caneca vem em dois modelos (“Aquecimento Global” e “Níveis de CO2”), não pode ser lavada à máquina e dá aquela irresistível vontade de ficar enchendo de água quente repetidamente só para ver o mapa em movimento (adoro essa tecnologia termocromática).

Se você é daqueles que precisam de um lembrete, taí uma bela dica que vai te fazer pensar no assunto todos os dias e, quem sabe, realizar algumas mudanças no seu estilo de vida. Agora, se você consegue simplesmente olhar para os desenhos em movimento, achá-los bacana e continuar bebendo um chá, melhor nem comprá-la.

Afinal, o fabricante não informa a composição do produto, se pode ser reciclado, se contém materiais … Enfim, caneca por caneca, todos já têm uma, não?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Corrupção afeta combate ao aquecimento global (Transparência Internacional)


BERLIM (AFP) - A corrupção que grassa na grande maioria dos países do mundo atrapalha a luta contra a instabilidade financeira, o combate à pobreza e os esforços para reverter as mudanças climáticas, afirma o relatório anual da ONG Transparência Internacional, publicado nesta terça-feira.

Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura encabeçam a lista dos países mais transparentes do mundo, de acordo com este estudo de "percepção da corrupção", que inclui 178 nações, enquanto Somália (178), Mianmar (177) e Afeganistão (176) ocupam os últimos lugares.


Na América Latina, a Venezuela figura como um dos países mais corruptos do mundo, ocupando a 164ª posição, enquanto o Chile (21) aparece como aluno modelo do continente, seguido por Uruguai (24), Porto Rico (33) e Costa Rica (41).


"Num momento em que os governos dedicam importantes somas de dinheiro para enfrentar os problemas mundiais mais urgentes, como a instabilidade dos mercados financeiros, as mudanças climáticas e a pobreza, a corrupção continua sendo um obstáculo", escreve a organização.


No que diz respeito aos países ricos, esta ONG considera o fato de que os membros da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) praticamente não subiram na classificação em relação ao ano anterior mostra que "todos os países devem" se esforçar.


Se este esforço não forem feitos em nível mundial, "as soluções políticas" para muitos problemas do planeta "correm o risco" de não se consolidarem.


Desde 1995, a Transparência Internacional publica anualmente um índice de percepção da corrupção, que vai de "10", para um país percebido como "transparente", a "0", para um visto como "corrupto".

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Água em pó" existe. E pode reduzir o aquecimento global


Substância é capaz de absorver o dióxido de carbono, um dos gases que causam o efeito estufa.


A água em pó existe e ainda por cima pode combater o aquecimento global. Parecida com um punhado de açúcar, a água em pó é formada por moléculas de água e de silica (SiO2, dióxido de silício). Cada grão do pó possui uma concentração de 95% de água, a mesma de uma melancia.

Graças a essas características, a “água em pó” pode armazenar gases, como o dióxido de carbono (CO2), um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. O autor da descoberta é o cientista britânico Andrew Cooper, que apresentou uma pesquisa sobre essa aplicação da água com silica no 240º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química, nesta quarta-feira, nos Estados Unidos.

Em pesquisas de laboratório, Cooper descobriu que a substância absorve três vezes mais CO2 que água e silica separadas – e, melhor, no mesmo espaço de tempo. A "água em pó" também seria capaz de acelerar a produção de matéria-prima utilizada na fabricação de remédios, alimentos e outros produtos de consumo.

"Não há nada parecido com isso", diz Ben Carter, um dos cientistas envolvidos no estudo. "Esperamos que a água em pó ajude a resolver muitos problemas no futuro". De acordo com Cooper, o pó poderá também ser utilizado para outros fins, como o transporte de materiais industriais nocivos.

A "água em pó" foi descoberta em 1968, mas recebeu pouco destaque na comunidade científica até 2006, quando seu uso foi retomado por cientistas britânicos. Foi só recentemente que os cientistas descobriram que ela pode ser utilizada para armazenar gases.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aumento do nível médio das águas do mar


Uma outra causa de grande preocupação é o aumento do nível médio das águas do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.025 metros por década o que pode fazer com que no futuro algumas ilhas de países insulares no Oceano Pacífico fiquem debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos. O segundo fator mais importante é o derretimento de calotas polares e camadas de gelo sobre as montanhas, que são muito mais afetados pelas mudanças climáticas do que as camadas de gelo da Gronelândia e Antártica, que não se espera que contribuam significativamente para o aumento do nível do mar nas próximas décadas, por estarem em climas frios, com baixas taxas de precipitação e derretimento. Alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam significativamente. Se isso acontecesse, poderia haver um aumento do nível das águas, em muitos metros. No entanto, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos e prevê-se um aumento do nível das águas entre 14 e 43 cm até o fim deste século.(Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as mudanças climáticas).

Foi preciso ter em conta muitos fatores para se chegar a uma estimativa do aumento do nível do mar no passado. Mas diferentes investigadores, usando métodos diferentes, acabaram por confirmar o mesmo resultado. O cálculo que levou à conclusão não foi simples de fazer. Na Escandinávia, por exemplo, as medidas realizadas parecem indicar que o nível das águas do mar está a descer cerca de 4 milímetros por ano. No norte das Ilhas Britânicas, o nível das águas do mar está também a descer, enquanto no sul se está a elevar. Isso deve-se ao fato da Fennoscandia (o conjunto da Escandinávia, da Finlândia e da Dinamarca) estar ainda a subir, depois de ter sido pressionada por glaciares de grande massa durante a última era glacial [6]. Demora muito tempo a subir porque é só muito lentamente que o magma consegue fluir para debaixo dela; e esse magma tem que vir de algum lado próximo, como os Países Baixos e o sul das Ilhas Britânicas, que se estão lentamente a afundar. Em Bangkok, por causa do grande incremento na extração de água para uso doméstico, o solo está a afundar-se e os dados parecem indicar que o nível das águas do mar subiu cerca de 1 metro nos últimos 30 anos.

sábado, 10 de julho de 2010

Florestas tropicais são maiores "máquinas" de absorver CO2


As florestas tropicais, como a Amazônia, são as máquinas de fotossíntese mais eficientes do planeta. Um novo estudo internacional mostra que elas absorvem um terço de todo o gás carbônico que é retirado da atmosfera pelas plantas a cada ano.

Pela primeira vez, cientistas calcularam a absorção global de CO2 pela vegetação terrestre: são 123 bilhões de toneladas do gás por ano.

"É o dobro da quantidade de CO2 que os oceanos absorvem", diz Christian Beer, do Instituto Max Planck para Bioquímica, na Alemanha. Ele é coautor do estudo, publicado na revista "Science".

Selvas tropicais respondem por 34% da captura. As savanas, por 26%, apesar de ocuparem o dobro da área.

Um outro estudo, publicado na mesma edição da "Science", mostrou que a temperatura influencia pouco na quantidade de carbono exalado pelas plantas quando elas respiram.

Havia temores de que o aquecimento global pudesse acelerar as taxas de respiração, fazendo com que florestas se convertessem de "ralos" em fontes do gás, agravando mais o problema.

Juntos, esses dados devem ajudar a melhorar os modelos climáticos, que dependem do conhecimento preciso do fluxo de carbono entre plantas, atmosfera, oceanos e fontes humanas do gás.

O trabalho de Beer também ressalta a importância das florestas secundárias na Amazônia como "ralos" para o CO2 em excesso despejado no ar por seres humanos.

Isso porque, apesar de absorverem muito carbono por fotossíntese, as florestas tropicais devolvem outro tanto ao ar quando respiram.

Florestas em regeneração, por outro lado, fixam muito mais carbono do que exalam.

O estudo usou dados de uma rede internacional, a Fluxnet, que reúne centenas de torres que servem como postos de observação pelo mundo, analisando os fluxos de CO2 na vegetação ao redor.

No Brasil há quase uma dezena de torres de fluxo, a maior parte delas instaladas na Amazônia.

"Mas ainda sabemos pouco, por exemplo, sobre pontos de transição abrupta ligados ao clima, como florestas em savanização", diz o biólogo Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. "E ainda existem ambientes pouco mapeados, como pântanos e brejos."

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pesquisa revela preocupação mundial com efeitos do aquecimento global


Pessoas em todo o mundo se sentem ameçadas pelas mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, cresce o número dos que não expressam preocupação alguma. Cobertura da mídia sobre o aquecimento mundial é tema do Global Media Forum.


A percepção de que as mudanças climáticas representam uma ameaça ao planeta continua elevada entre a população mundial, segundo um estudo divulgado pela Deutsche Welle e pela empresa de pesquisas de mercado Synovate nesta segunda-feira (21/06), em Bonn, durante a abertura do fórum de debates Global Media Forum (GMF).

Nas três pesquisas já realizadas – em 2007, 2008 e 2009 – o percentual de pessoas que se disseram "muito preocupadas" com as mudanças climáticas se manteve estável: 30% em 2010 e 2008 e 29% em 2007.

Outras 39% demonstraram "alguma preocupação" na pesquisa de 2010, o que indica que a ampla maioria da população global (69%, de acordo com o levantamento) está em menor ou maior grau preocupada com os efeitos que o aquecimento do planeta trará.

Ao mesmo tempo cresceu o número de pessoas que disseram não ter preocupação alguma com as consequências do aquecimento global, por considerá-lo parte de um ciclo natural de acontecimentos. Elas representavam 4% na pesquisa de 2008 e são 9% na consulta de 2010.



Papel da mídia

"Muitas pessoas ainda não reconheceram o perigo", alertou o diretor-geral da Deutsche Welle, Erik Bettermann, durante a apresentação da pesquisa. Ele cobrou da mídia mundial uma cobertura objetiva e clara sobre o assunto. "A mídia deve apresentar temas fundamentais para o futuro [da humanidade] da forma mais objetiva e clara possível." Para ele, os jornalistas devem fomentar nas pessoas a consciência de que todos podem fazer algo.
O secretário-executivo da ONU para mudanças climáticas, Yvo de Boer, pediu à mídia maior destaque para os riscos de não se fazer nada diante da ameaça do aquecimento global. Segundo ele, o mundo está diante de uma encruzilhada: ou continua usando combustíveis fósseis prejudiciais ao clima do planeta ou opta por tecnologias "verdes" para cortar emissões de gases do efeito estufa.

O GMF é um fórum de debates organizado anualmente pela Deutsche Welle e discute o papel da mídia em questões centrais para o futuro da humanidade. O evento deste ano é dedicado às mudanças climáticas, sob o título "The heat is on – mudanças climáticas e a mídia". Participam cerca de 1.500 pessoas de quase cem países.

Para o professor de jornalismo Holger Wormer, da Universidade de Dortmund, as mudanças climáticas perderam espaço na cobertura da imprensa mundial. "Temos agora muitas outras coisas na nossa agenda, coisas que têm hoje muito mais impacto do que há três anos, como por exemplo a crise financeira."

Segundo ele, temas como a crise colocaram a cobertura sobre as mudanças climáticas em segundo plano. Além disso, segundo ele, surgiram outros temas ambientais importantes, como o vazamento de petróleo no Golfo do México e, na Alemanha, o debate sobre energia nuclear.


Brasileiros pagariam mais por produtos "ecológicos"

Para a realização da pesquisa, a Synovate consultou 13.444 pessoas em 18 países, entre eles Brasil, Alemanha, Estados Unidos, França, Rússia, China e África do Sul, no período entre 23 de fevereiro e 30 de abril de 2010.

As altas temperaturas são apontadas como a pior consequência das mudanças climáticas por 31% dos entrevistados. Em seguida vêm a desertificação e a seca, com 10% cada, depois a piora das condições de saúde e o aumento de doenças, com 9%.

A pesquisa da Synovate traz números interessantes sobre o Brasil. Conforme o estudo, os brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos que não agridam o meio ambiente. A maior parte dos entrevistados, 31%, disse que pagaria até 9% mais, e 19% concordariam com preços até 19% mais altos. Já 10% declararam não ter vontade de pagar mais.

Os brasileiros também disseram que os investimentos em tecnologias verdes vão aquecer a economia: 84% dos entrevistados no Brasil concordam com essa afirmação e apenas 11% discordam. Na Alemanha, os percentuais são, respectivamente, 50% e 22%. Nos Estados Unidos, 51% e 16%.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fezes de baleia ajudam no combate ao aquecimento global


Anteriormente os cientistas acusavam os cetáceos como culpados porque, na respiração, expiram dióxido de carbono (CO2)


Paris - As baleias cachalote do Oceano Austral são aliados inesperados na luta contra o aquecimento global, por removerem o carbono equivalente ao emitido por 40 mil carros a cada ano graças a suas fezes, revela um estudo que será publicado esta quarta-feira no periódico britânico Proceedings of the Royal Society B.

Anteriormente os cientistas acusavam os cetáceos como culpados porque, na respiração, expiram dióxido de carbono (CO2), o tipo mais comum de gás de efeito estufa.

Mas esta era apenas uma análise parcial, demonstra o novo estudo.

Biólogos australianos calcularam que as cerca de 12 mil baleias cachalotes do Oceano Austral defecam, cada uma, cerca de 50 toneladas de ferro no mar a cada ano, após digerirem os peixes e lulas, que são a base de sua dieta.

O ferro é um excelente alimento para o fitoplâncton - plantas marinhas que vivem perto da superfície do oceano e que tiram CO2 da atmosfera através da fotossíntese.

O Oceano Austral é rico em nitrogênio e pobre em ferro, que é essencial ao fitoplâncton.

Como resultado desta fertilização orgânica do ambiente marinho, as baleias ajudam a remover 400.000 toneladas de carbono a cada ano, duas vezes mais que as 200 mil toneladas de CO2 que elas liberam através da expiração.

Comparativamente, 200 mil toneladas de CO2 equivalem às emissões de quase 40.000 carros de passageiros, segundo estimativas do site da agência ambiental americana (EPA).

Segundo a EPA, com base em um cálculo feito em 2005, um veículo de passageiros que roda 20 mil quilômetros por ano emite mais de cinco toneladas de CO2 ou carbono equivalente ao ano.

As fezes das baleias são muito eficazes porque são liberadas em estado líquido e perto da superfície marinha, antes de os mamíferos mergulharem, destaca o artigo.

A pesca industrial da baleia não só ameaça seriamente as cachalotes austrais, como também compromete um amplo sequestro de carbono, acrescentou.

Antes da pesca industrial de baleias, a população da espécie era cerca de 10 vezes maior, o que significa que dois milhões de toneladas de CO2 eram removidas anualmente, segundo o artigo.

Os cientistas suspeitam que devido ao fato de as cachalotes se reunirem em áreas específicas do Oceano Austral, há um vínculo claro entre a disponibilidade de alimentos e as fezes dos cetáceos.

Isto pode explicar o "paradoxo krill", acreditam. Tempos atrás, os cientistas descobriram que quando as baleias-minke são mortas, a quantidade de krill, minúsculos crustáceos, nesta área declinam, afetando toda a cadeia alimentar.

O estudo foi conduzido por Trish Lavery, da Escola de Estudos Biológicos da Universidade Flinders, em Adelaide (Austrália).

O futuro de baleias cachalote e outras espécies será debatido na próxima semana em Agadir, Marrocos, onde a Comissão Baleeira Internacional (CBI) discutirá um plano para relaxar uma moratória de 24 anos na pesca comercial à baleia.